Cerca de 30 robôs criados por estudantes de escolas públicas e particulares participaram da Olimpíada Estadual de Robótica
Uma turma de adolescentes trocou, neste sábado (18), as brincadeiras e as baladas pela tecnologia. São meninos e meninas que participaram da Olimpíada Estadual de Robótica, no Colégio Santa Emília, e Olinda.
Oxenti, Rock'n roll, Mar e Maraka. Esses foram alguns dos 30 robôs que participaram da competição. As máquinas foram feitas por estudantes de dez escolas públicas e particulares de Pernambuco e da Paraíba.
Lucas Henrique Cavalcanti, do ensino médio, é o atual tri-campeão pernambucano e campeão brasileiro. No mês que vem, a equipe dele vai representar o Brasil na Olimpíada Mundial na Turquia, com o robô Megazorde. “Tudo é matemática. Temos que calcular tudo. Para calibrar os sensores, ver a quantidade de peças, de conectores, a angulação com a roda menor ou maior para saber se ele anda mais rápido. Tudo isso tempos que calcular”, explicou.
Para os alunos de escolas públicas o desafio é ainda maior. Eles se esforçaram para participar dessa competição. “Tivemos que vender latinha, fazer cota para comprar as blusas e vamos fazer tudo para ganhar”, disse a estudante Janaína Maria dos Santos.
A determinação valeu a pena e Romário Gomes sabe disso. Ele também é aluno de escola pública. No ano passado, foi vice-campeão pernambucano e na etapa nacional, em São Paulo, ficou em quinto lugar.
Para Romário - que mora em Zumbi do Pacheco, Jaboatão dos Guararapes - a robótica pode mudar a vida dele. “Meu irmão fica me zoando, me chamando de sabichão, de cabeção, mas eu não ligo. Só penso em me dedicar aos estudos”, afirmou.
Orgulhosa, a mãe de Romário, Walquíria de Araújo Gomes, apoia a decisão do filho. “Ele quer a área de tecnologia e ele abraçou isso. Estou muito orgulhosa e satisfeita”, disse.
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